Arquidiocese de Braga -

4 novembro 2016

Militantes da LOC/MTC desafiados a “combater os medos” no mundo do trabalho

Fotografia

Departamento Arciprestal da Comunicação Social

Assembleia Arquidiocesana contou com nove grupos provenientes do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão.

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Realizou-se no passado sábado, dia 29 de Outubro, no Centro Pastoral Arquidiocesano, em Braga, a Assembleia Arquidiocesana da LOC/MTC – Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos, onde os militantes presentes foram desafiados a “combater os medos para humanizar o trabalho”.

A sessão de abertura foi presidida pelo Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, que centrou a sua intervenção na “prontidão de Maria para servir”, convidando os militantes a fazer o mesmo, sobretudo “na prontidão com os mais frágeis, perante os problemas das famílias, que não são apenas de ordem económica, e no apoio aos jovens”.

Neste encontro, que contou com a presença de inúmeros militantes da Arquidiocese, entre os quais se contavam nove grupos provenientes de diferentes comunidades do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão, foram aprovados os relatórios de actividades e contas do exercício do ano anterior e o plano de ação e orçamento para 2016/17.

Do olhar sobre o mundo do trabalho, os militantes centraram-se, particularmente, “na dimensão do sofrimento de homens e mulheres vítimas do desemprego, do trabalho informal e do trabalho precário permanente, em condições indignas para ganharem o pão de cada dia”, lembrando que “prevalecem os salários baixos, ritmos esgotantes de produção, horários longos, exploração desenfreada sem escrúpulos de muitas entidades patronais que não respeitam as leis laborais estabelecidas nem a dignidade da pessoa humana”. Aliás, tal como foi enfatizado, “o mercado de trabalho, sujeito aos mercados financeiros, tem intensificado a precarização das relações laborais e exclui um grande número de pessoas da integração na sociedade com reflexos na própria família”.

Posto isto, a LOC/MTC traçou várias linhas de acção, destacando-se entre elas o desafio deixado aos trabalhadores para “combater os medos de reagir, de falar, de participar, de fazer perguntas, de ser sindicalizado, de perder o emprego, de ser solidário, de ser pessoa com dignidade”, de modo a promover a “humanização do mundo laboral”.

No decorrer dos trabalhos os representantes dos grupos de militantes apresentaram os seus respectivos planos de acção, revelando-se uma extraordinária diversidade nas diferentes formas de presença e actuação no mundo do trabalho.

O P.e Miguel Ângelo desenvolveu uma reflexão sobre o compromisso do militante cristão. Afirmou que “hoje as pessoas facilmente quebram o compromisso, seja ele qual for, até para casar, preferindo o mais fácil”. Como salientou, “mais do que cristãos de culto necessitamos de cristãos de presença”. Interpelou os presentes para “a fidelidade no duplo compromisso com Jesus Cristo e com a classe operária”, na medida em que “somos escolhidos e prefigurados para responder aos apelos que nos são feitos” e “hoje vale muito mais o testemunho do que as palavras”.

A assembleia, que teve também como convidados o coordenador nacional e diocesano da Pastoral Operária, Alexandre Salgado, e o assistente diocesano da JOC, o P.e Adão Almeida, encerrou com a Eucaristia presidida pelo padre Miguel Ângelo e concelebrada pelo assistente diocesano do movimento, o diácono José Maria Carneiro Costa.