Arquidiocese de Braga -

29 maio 2018

LOC/MTC de Braga reflecte sobre a “Nova Organização do Trabalho” ao longo de Semana Temática

Fotografia

Departamento Arciprestal da Comunicação Social

Grupos do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão participaram nesta iniciativa.

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A LOC/MTC (Liga Operária Católica / Movimento de Trabalhadores Cristãos) da Arquidiocese de Braga realizou recentemente uma Semana Temática sobre "A Nova Organização do Trabalho", os horários laborais e, em particular, o trabalho ao domingo, contando com a participação do Professor Catedrático da Universidade Católica de Braga, Doutor João Duque, que ajudou no aprofundamento da reflexão.

Assim, os diferentes grupos do Movimento LOC/MTC, nomeadamente os grupos do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão, que participaram activamente, concluíram que “a «Nova Organização do Trabalho», os horários laborais desencontrados e a ocupação sistemática do domingo como dia normal de trabalho, impedem as famílias de terem o seu espaço, de descansarem e celebrarem em conjunto, os momentos belos da vida, como a partilha e a festa”.

Por isso, “apela-se aos responsáveis económicos e políticos para que o trabalho permita, sem medo, a construção de relações de solidariedade e comunhão”.

Os grupos e o plenário de encerramento da Semana constataram ainda que “a nova organização do trabalho em curso, está a criar «novas sacralidades»: economia, lucro concentrado, consumo, tecnologia, entre outras, enquanto na sociedade civil se criou a «liturgia» das compras ao domingo.

Os membros da LOC/MTC acreditam que “o futuro do trabalho não vai depender tanto dos avanços tecnológicos mas, sobretudo, com o lugar que for dado às pessoas. Com a «Revolução Industrial 4.0» em andamento, o desafio do emprego para todos continua em cima da mesa”.

Sendo o trabalho a melhor forma de repartir a riqueza, a LOC/MTC defende que “é necessário continuar a apostar na formação, na redução dos tempos laborais, na justa remuneração salarial, na eliminação dos «bancos de horas» e no combate persistente à precariedade, para que a dignidade dos trabalhadores não seja posta em causa”.

Exige-se que “a política não se deixe acorrentar pela «economia que mata» e seja capaz de regular, com bom senso e honestidade, as novas formas do trabalho digital e tecnológico, especificando e valorizando o trabalho humano como fonte de criação de riqueza, consumo responsável e protecção do meio ambiente”.

Ao mesmo tempo, “apela-se a cada trabalhador e trabalhadora para que se sintam responsáveis por cuidar dos mais frágeis com responsabilidade; ao cuidar do outro, cuidamos de nós e sentimos-nos felizes. Os militantes afirmam querer combater a noção de impotência, sofrendo com os que sofrem, e dinamizar novos grupos portadores de Esperança.