Arquidiocese de Braga -

12 janeiro 2020

E depois do Natal?

Fotografia

Vila Nova de Famalicão

“Nós, depois do encontro com Jesus, não somos os mesmos de antes. O encontro com Jesus muda-nos, transforma-nos”.

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Terminado o período das festas natalícias, vamos regressando aos ritmos normais e retomando as rotinas de cada dia.

Porém, após o que vivemos e celebramos, impõe-se uma questão: E depois do Natal? O que mudou em nós? Teremos ficado diferentes? Melhores, mais próximos deste Deus que Se fez próximo?

Na passada segunda-feira, dia 6 de Janeiro, o Papa Francisco disse no Vaticano que as celebrações do Natal devem levar a uma mudança de vida, à imagem dos “Magos que vieram do Oriente” para adorar Jesus e voltaram para casa “por outro caminho”.

“Somos nós que temos de mudar, transformar o nosso modo de vida, mesmo no ambiente habitual, mudar os critérios para julgar a realidade que nos rodeia”, apelou, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação da oração do ângelus, na solenidade da Epifania do Senhor.

Na presença de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para assinalar o ‘Dia de Reis’, o Sumo Pontífice assinalou a “diferença entre o Deus verdadeiro e os ídolos traiçoeiros, como dinheiro, poder, sucesso; entre Deus e aqueles que prometem dar esses ídolos, como os magos, adivinhos, feiticeiros”.

“Nós, depois do encontro com Jesus, não somos os mesmos de antes. O encontro com Jesus muda-nos, transforma-nos”, declarou.

A intervenção centrou-se numa passagem do Evangelho segundo São Mateus, na qual se diz que “os Magos regressaram por outro caminho”, para não voltar a encontrar-se com Herodes e “os seus planos de poder”.

Francisco propôs um “novo estilo” na vida de todos os dias, inspirado no encontro com Deus, como aconteceu com os sábios do Oriente.

“Eles viram um rei diferente, um rei ‘que não é deste mundo’, manso e humilde, como foi correctamente indicado pelas estrelas e pelas Escrituras Sagradas”, observou.

Este encontro com Jesus não retém os magos, assinalou o Papa, mas “infunde-lhes um novo impulso para regressar ao seu país, contar o que viram e a alegria que sentiram”.