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Vila Nova de Famalicão | 24 Fev 2020
Vamos casar, e agora?
"O casamento é um compromisso de entrega a alguém, independentemente das circunstâncias ou sentimentos. O amor é sempre uma decisão."
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Ao decidir casar, muitos noivos correm o risco de tratar o casamento como um prémio e não como um tesouro a ser guardado e protegido; de acreditar que uma vez casados, tudo mudará: tornar-se-ão mais responsáveis e carinhosos, menos orgulhosos e egoístas, mais capazes de fazer sacrifícios um pelo outro.

A verdade é que aqueles noivos permanecerão exatamente as mesmas pessoas. Isto se a preparação e maturação pessoal e como casal não for realmente refletida e não ocupar o topo das prioridades na lista de coisas a fazer para o dia do casamento, sendo menos importante do que a escolha do vestido perfeito, da melhor quinta, das flores mais bonitas. Quando as luzes do dia do casamento se apagarem, quando os convidados saírem, quando se guardar o vestido, quando a lua de mel acabar, a única coisa que resta é o regresso à normalidade.

Com a opção do casamento no horizonte, será que fazemos a única coisa que realmente importa? Preparar-nos?

Acreditamos que o cerimónia e a festa do casamento não nos vão mudar, não seremos pessoas diferentes do que éramos antes. Quaisquer problemas, diferenças ou incompatibilidades existentes, quaisquer pecados com os quais lidamos durante o namoro, continuarão a estar presentes e provavelmente até se ampliarão quando começarmos a partilhar uma vida juntos.

Nesse sentido, há que travar o bom combate, morrer para as coisas velhas para que outras novas possam nascer. E tudo isto implica trabalho a vida inteira.

Não basta encontrar a pessoa certa. Isso não garante a felicidade matrimonial. O que garantirá um casamento feliz será arrancar as tendências egoístas e orgulhosas. E para isso é necessário começar a plantar desde cedo. Não acreditamos na fantasia de que iremos colher frutos de vida, esperança e encorajamento, se o nosso namoro não se assemelhou em nada a isso. Treinamos para uma maratona porque não estamos habituados a correr longas distâncias no dia a dia. Porque não assumimos a mesma dedicação e esforço a treinar para o nosso matrimónio? Não estamos habituados a preocupar-nos com outra pessoa com a mesma energia com que nos preocupamos connosco próprios. As nossas emoções não estão habituadas a estar constantemente disponíveis e presentes em cada momento para outra pessoa. Mas pelo matrimónio, passamos a ser um só espírito e uma só carne: passamos a olhar, servir, amar, trabalhar pelo outro.

Daí ser tão importante cultivar desde o namoro as sementes da paciência, da ternura, da firmeza, da graça, da fidelidade. Porque, ao contrário do que podemos ser tentados a sentir ou pensar, o casamento não é a meta do namoro, mas sim um compromisso de entrega a alguém, independentemente das circunstâncias ou sentimentos. O amor é sempre uma decisão.

Isabel e Renato


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