Arquidiocese de Braga -

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Arranjo de flores abundantes diante do Altar e o Evangeliário bem evidenciado. O Círio Pascal deverá tomar outro destaque, ao lado do Ambão.

Sugestão de cânticos

[Entrada] Sobre um trono – A. Cartageno

[Preparação Penitencial] Kyrie, eleison – Greg. XVI / M. Simões

[Glória] Glória a Deus nas alturas – A. Cartageno 

[Apresentação dos dons] Glória a Jesus Cristo – Az. Oliveira

[Comunhão] O Senhor está sentado – C. Silva

[Final] Cristo vence, Cristo reina – A. Kunc

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

[Prefácio] Prefácio próprio da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

[Oração Eucarística] Oração Eucarística III

[Bênção] Bênção solene para o Tempo Comum V

Catequese Mistagógica

Hino “Glória a Deus nas alturas”

Depois de proclamarmos a alegria de estarmos reunidos em comum-unidade, pomo-nos olhos nos olhos com Jesus para reconhecer que ainda não somos o que Ele nos chama a ser: colocamos na palma das nossas mãos o nosso pecado. Deus sonhou-nos e criou-nos à Sua imagem e semelhança, Ele que é Amor. O Perdão de Deus é uma recriação operada por Deus em nós pelas mãos do Espírito Santo e da Sua Palavra, do que em nós foi desfigurado pelo pecado. O Perdão de Deus não é uma declaração de cessar-fogo entre Deus e nós, mas é acção de Deus em nós do que o nosso pecado vai descriando. Ora, do encontro entre a miséria humana e a misericórdia divina toma vida a gratidão expressa no hino Glória a Deus nas alturas por nos descobrimos como Criação de Deus sonhada para se construir à Sua imagem e semelhança no amor. 

Neste hino se congregam o mistério da Incarnação (tendo em conta a sua génese literária) e o da Redenção (tendo em conta o seu teor). Tendo em conta a sua grandiosidade, como o executar na Liturgia? Segundo o número 53 da IGMR, “o Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro. É começado pelo sacerdote ou, se for oportuno, por um cantor, ou pela schola, e é cantado ou por todos em conjunto, ou pelo povo alternando com a schola, ou só pela schola. Se não é cantado, é recitado ou por todos em conjunto ou por dois coros alternadamente. Canta-se ou recita-se nos domingos fora do Advento e da Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares celebrações mais solenes”.

Ministérios Litúrgicos

O “Rex tremendae maiestatis” do Requiem de Mozart é certamente uma belíssima peça musical. Pela música, Mozart ilustra bem a majestade tremenda do Rei do universo, mas aliada à sua generosa misericórdia “qui salvandos salvas gratis”, à qual se junta a oração contrita e humilde do suplicante “salva me, fons pietatis”. Temos aqui um bom exemplo de como a música respeita e engrandece o texto litúrgico. Por isso, o coro deverá servir para exaltar a realeza, a grandiosidade, de Deus, mas também a sua realidade, a sua incarnação na própria celebração. Daí que seja importante cantar o hino “Glória a Deus nas alturas”.

Hino “Glória a Deus nas alturas”

Nesta solenidade, sugere-se que o hino “Glória a Deus nas alturas” seja cantado. Durante esse momento, pode acender-se o Círio Pascal.

Introdução à Liturgia da Palavra

Neste Domingo, sugere-se que as leituras bíblicas sejam proclamadas por jovens. Antes da proclamação da Palavra, propõe-se o seguinte jogral:

[Voz off] Que se faça silêncio no coração!

[Leitor] O Rei David fez com o Deus de Israel uma aliança.

[Voz off] Que se faça silêncio no coração!

[Leitor] Cantemos salmos de alegria!

[Voz off] Que se faça silêncio no coração!

[Leitor] Jesus, o Cristo, é imagem de Deus, o primogénito amado do Pai.

[Voz off] Que se faça silêncio no coração!

[Leitor] Bendito o que vem em nome do Senhor.

[Voz off] Que se faça silêncio no coração!

[Leitor] O Rei dos judeus prometeu o paraíso.

[Voz off] Que se faça silêncio no coração!

Evangelho para os jovens

Queridos jovens, a simbologia negativa, que atribuímos à Cruz, não vos faça tremer. Tendes nas palmas das mãos o futuro de uma Igreja milenar, que anseia o vosso compromisso para a sua renovação. Carregais no coração a chama forte do Espírito Santo, que vos unge desde o Batismo, como reis, profetas e sacerdotes; sois herdeiros de um bem maior; filhos muito amados de um Deus, que é Pai, que se fez Homem e que morreu por cada um de nós. O que podereis temer? 

Vinde e vede quanto poderá ser maravilhoso servir a Igreja do Cristo, não com a insensatez de quem pensa que tudo está errado e é urgente mudar, mas com a loucura de reconhecer que a Cruz é o caminho que nos leva ao Céu. Vivei como as primeiras comunidades, que tudo e todos maravilhavam, ao amarem-se sem condição; ao partilharem o pouco e o muito; ao viverem em constante fraternidade; ao alimentarem o perdão como único sustento para a alegria plena.

A força da vida habita em cada um de vós. Por isso, levai Jesus a todos, num sorriso, mesmo quando as palavras que escutais são rudes e más. Levai Jesus a todos num abraço, mesmo quando vos ignoram e vos maldisserem. Levai Jesus a todos numa palavra repleta de esperança, mesmo quando o mundo vos oferece empregos mal remunerados, há escassez na habitação, as injustiças aumentam e as mentiras dos mais poderosos vos desesperarem.

Sois os peregrinos mais belos que Deus Pai coloca no caminho daqueles que andam iludidos com um poder que não lhes vem do alto. E, assim, com o coração manso, semelhante ao jovem Cristo que crucificaram na Cruz, todos vejam Jesus, porque a vossa alegria é contagiosa. Ide e contagiai o mundo com a paz, a justiça, o perdão, a fé, a esperança e o amor de Cristo. O reino de Deus está a chegar!

Oração Universal

V/Irmãos e irmãs: unidos a todos os cristãos do Oriente e do Ocidente, voltemo-nos para Deus com humildade e peçamos pela Igreja e pelo mundo, cantando: 

R/Senhor, venha a nós o vosso reino. 

1. Pela santa Igreja e pelos seus pastores, pelos cristãos de todos os continentes, por todas as nações e pelos judeus, muçulmanos e descrentes, oremos, irmãos.

2. Por todas as pessoas, pelos quais Cristo morreu, por aqueles que O insultam e desprezam e por todos os que na cruz chamam por Ele, oremos, irmãos. 

3. Pelos que detêm autoridade neste mundo, pelos homens que estão em guerra e passam fome e pelas vítimas do ódio e da violência, oremos, irmãos. 

4. Por nós mesmos e pelas nossas famílias, pelos que servem a Cristo nos mais pobres e pelos que já partiram para o Reino eterno de Deus, oremos, irmãos. 

5. Por todos os jovens que não celebram a Eucaristia e não aceitam a Palavra de Deus como luz das suas vidas e pelos que abrem o coração à voz de Cristo, oremos, irmãos. 

V/ Deus, amigo das pessoas, que, em Jesus, nos dais a conhecer o nosso Rei, fazei-nos escolher, como Ele, o amor como força invencível e o serviço como única grandeza. Por Cristo, nosso Senhor.

R/ Ámen. 

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

O Ano Litúrgico termina aclamando Jesus Cristo Rei, sentado num trono de glória e de luz. Desde sempre, uma das funções principais do rei era a de prover à alimentação do seu povo. O rei devia assegurar que nada faltasse aos seus súbditos, em especial em tempos de fome. Vemos este papel do rei em particular na história de José e do Faraó. Na Eucaristia, Jesus manifesta de forma eloquente a sua realeza, alimentando o seu povo como já o prenunciara na multiplicação dos pães. Todavia, Jesus não alimenta o seu povo com um alimento exterior, mas dando-se a si próprio como alimento. Por isso, cabe-nos a nós oferecer-lhe um trono nobre e digno, na nossa boca, nas nossas mãos, mas, sobretudo, no mais íntimo do nosso coração.

Sair em missão

Como expressão da Igreja que é jovem, ao levar Jesus a todos e todos a Jesus, que os jovens levem uma vela acesa a alguém que está doente; que os adultos levem uma vela acesa a algum jovem que vive “aprisionado” por algo da vida; que as crianças levem uma vela acesa a um idoso; que os mais idosos levem uma vela acesa a um orfanato.