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DACS com Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos | 20 Mai 2022
“Se o rosto do irmão ou irmã deficiente for descartado, é a Igreja que se torna deficiente”
Catequista com Síndrome de Down afirma: “Ao nascer, podia ter sido abortada. Estou feliz por viver. Amo a todos e agradeço a Deus por me ter criado”.
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  © Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida

No dia 18 de Maio foi foi realizada uma sessão de escuta online, com cerca de duas horas, sobre o tema “A Igreja é a vossa casa. O contributo das pessoas com deficiência para o Sínodo sobre a Sinodalidade”, promovida pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida em colaboração com a Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos.

A sessão, na qual participaram representantes de conferências episcopais e associações internacionais, teve o objetivo “dar voz” directamente às pessoas com deficiência, fiéis que muitas vezes se encontram à margem das nossas igrejas.

Participaram cerca de 30 participantes com deficiências sensoriais, físicas ou cognitivas – online e a partir de 20 países do mundo – que puderam expressar-se nas suas próprias línguas, incluindo três línguas gestuais.

Quatro testemunhos comoventes da Libéria, Ucrânia, França e México chamaram a atenção para a necessidade de ultrapassar a discriminação, a exclusão e o paternalismo.

Uma catequista francesa com síndrome de Down afirmou: “Ao nascer, podia ter sido abortada. Estou feliz por viver. Amo a todos e agradeço a Deus por me ter criado”. Consagrada, recebeu um duplo mandato do seu bispo: oração e evangelização.

Durante a abertura do encontro, o cardeal Mario Grech, Secretário-Geral da Secretaria do Sínodo dos Bispos, partilhou a sua experiência pessoal: “Tenho uma dívida para com as pessoas com deficiência. Foi um deles que me colocou no caminho para uma vocação sacerdotal. Se o rosto do irmão ou irmã deficiente for descartado, é a Igreja que se torna deficiente”, explicou.

O Secretário do Dicastério para os Leigos, Família e Vida, o Pe. Alexandre Awi Mello, disse aos participantes que no processo sinodal o desafio é “superar todo o preconceito de quem acredita que aqueles que têm dificuldade em expressar-se não têm pensamento próprio, nem nada de interessante para comunicar”.

A terminar, a Irmã Nathalie Becquart, Subsecretária da Secretaria do Sínodo dos Bispos, propôs aos participantes que fizessem um momento de silêncio, para “ouvir como o Espírito Santo falou a cada um”.

Os participantes foram convidados a elaborar nos próximos meses um documento comum a partir das suas experiências e conhecimentos sobre o mundo da deficiência que “amadureceram em primeira pessoa e através do seu empenho pastoral”, refere a Secretaria do Sínodo dos Bispos.

O documento será depois entregue à Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos para ser tido em conta na prossecução do caminho sinodal.

O encontro faz parte de um percurso lançado em Dezembro de 2021 pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida com a campanha de vídeo #IamChurch, sobre o protagonismo eclesial das pessoas com deficiência e pretende ser uma resposta ao apelo do Papa na Fratelli Tutti (n.98) quando convida as comunidades a “dar voz” àqueles “exilados escondidos… que sentem que existem sem pertencer e sem participar".

O objectivo não é apenas a assistência, mas “a participação activa na comunidade civil e eclesial”, refere o Santo Padre.

O processo será concluído nos próximos meses com uma reunião presencial em Roma.

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