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DACS com Vatican News | 14 Jul 2022
Arcebispo Gallagher: Papa está comprometido em ir à Ucrânia
O arcebispo Paul Richard Gallagher diz que o Papa Francisco deseja ir a Kyiv, na Ucrânia, mas quando e como é que isto poderia acontecer permanece sem se saber, e reflecte sobre o “fracasso” diplomático que não impediu a guerra quando havia sinais de alerta de violência e agressão.
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  © DR

O arcebispo Paul Richard Gallagher disse que o papa Francisco planeja ir a Kyiv, na Ucrânia, o mais rápido possível.

O secretário vaticano para as Relações com Estados e Organismos Internacionais fez estes comentários à margem de um evento de apresentação do Encontro Anual de Rimini no Palazzo Borromeo, residência da Embaixada da Itália junto à Santa Sé, na terça-feira.

Falando com alguns jornalistas presentes, incluindo Luca Collodi, da Rádio Vaticano, o arcebispo Gallagher reafirmou o interesse do Papa em visitar a nação sob ataque, reflectindo sobre a sua própria viagem à nação recentemente devastada pela guerra e sobre o que chamou de “fracassos diplomáticos” que não trabalharam o suficiente para evitar a guerra, apesar dos sinais de alerta.

O arcebispo Gallagher fez um apelo para nunca se esquecer a guerra e nunca nos habituarmos a ela.

 

Interesse em ir eventualmente à Ucrânia

Respondendo a perguntas sobre uma possível visita papal à Ucrânia, reiterou o desejo do Papa de ir, sublinhando no entanto que não sabe “quando nem como”.

Recordando a sua própria viagem ao país, o arcebispo disse que teve a sorte de ir a Kyiv num momento de serenidade no solo, com bombardeamentos ocorridos antes e depois da visita.

“Registei desânimo e descrença”, continuou, por se “encontrar na guerra na Europa”.

“Em minha casa eram o meu pai e o meu avô que falavam da guerra. Vi destruição, protecção e tudo isto é um escândalo para nós. Vi um povo resistir, pronto para lutar e vencer. Tudo isto aconteceu connosco, no nosso tempo, enquanto pensávamos que a guerra estava encerrada na Europa”.

“No que diz respeito à diplomacia, devemos reconhecer um fracasso. Não funcionou; [a diplomacia] não sabia como evitar esse conflito”, admitiu o arcebispo Gallagher.

 

Necessidade de uma diplomacia de prevenção

"Quando cheguei a Roma da Austrália em 2015, o Papa disse-me que não queria uma diplomacia que reagisse, mas que previsse as coisas, uma diplomacia preventiva. A Ucrânia diz-nos que devemos tentar antecipar os conflitos, que a diplomacia deve ter a capacidade de ver a gravidade do que está a acontecer no mundo. Deve reafirmar os princípios fundamentais do direito internacional. Tudo isto representa o nosso fracasso. Talvez não tenhamos dito nada disto. Não podemos calar-nos diante da violência”, partilhou.

Ao mesmo tempo que aplaude os numerosos Estados da Europa que não ficaram indiferentes à tragédia, manifestou a sua preocupação por, apesar desta grande recepção de refugiados ucranianos em toda a Europa, um cansaço poder começar a instalar-se e pôr fim a este ímpeto.

“Acho que talvez seja muito cedo para falar em reconstrução, mas é bom ter uma atitude positiva. No entanto, devemos ajudar os ucranianos a reconstruir o tecido social do país com pessoas traumatizadas que precisam de acompanhamento”, afirmou.

 

Necessidade de reconciliação e perdão

O arcebispo Gallagher afirmou que “como sacerdote”, sente “a obrigação de lembrar” que não se pode “ignorar a mensagem de reconciliação e perdão, apesar da intensidade do sofrimento”.

Na Europa, disse, existiu o milagre da paz, lembrando a reconciliação entre França e Alemanha alguns anos após a Segunda Guerra Mundial.

“No entanto, temos de renovar algumas instituições internacionais. A OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico], por exemplo, que deveria ser o órgão que nos protege, mas também a União Europeia e a ONU”, continuou.

O arcebispo apelou ainda: “Não devemos esquecer a crise ucraniana”.

Hoje, disse, as notícias sobre a guerra “estão esquecidas”.

“Em vez disso, devemos continuar a lembrar a Ucrânia, a guerra, mantendo a atenção elevada para um projecto de paz do Espírito de Deus, para redescobrir a paz, um dom de Deus com o qual o homem deve colaborar”.

 

Encontro de Rimini

O Encontro de Rimini, também conhecido como Encontro para a Amizade entre os Povos, promovido pela Comunione e Liberazione, com a colaboração do Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional, acolherá na cidade italiana situada no Mar Adriático muitos oradores de renome e participantes.

O Encontro deste ano marca a 43ª edição e está agendado no Fieri di Rimini de 20 a 25 de Agosto de 2022 com o tema “A paixão pela pessoa”.

Alguns participantes deste ano incluem o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi; o Presidente da Conferência Episcopal Italiana e o Arcebispo de Bolonha, Cardeal Matteo Zuppi; D. Paolo Pezzi para a Arquidiocese de Mãe de Deus em Moscou; Sua Beatitude Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém; e o Cardeal Dieudonné Nzapalainga, Arcebispo de Bangui, República Centro-Africana.

 

Artigo de Deborah Castellano Lubov e Luca Collodi, publicado no Vatican News a 13 de Julho de 2022.

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Palavras-Chave:
Ucrânia  •  Guerra  •  Paz  •  Vaticano  •  Papa Francisco  •  Viagem Apostólica  •  D. Paul Richard Gallagher
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