Arquidiocese de Braga

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D. Frei Bartolomeu dos Mártires nasceu na freguesia de Nossa Senhora dos Mártires, em Lisboa, em 1514. Adoptou o apelido dos Mártires em homenagem à igreja onde foi baptizado.

Entrou para a Ordem Dominicana com 14 anos. Formou-se em Filosofia e Teologia, áreas que leccionou durante 20 anos. Deixou escrita uma vasta obra de teologia e espiritualidade. Notabilizou-se pela caridade com os pobres, destacando-se a sua intervenção por ocasião da peste de 1570 e da crise económica de 1574. Entrou na Arquidiocese de Braga em 1559. Batalhou pela renovação da Igreja. Teve uma participação notável no Concílio de Trento, onde apresentou 268 petições.

Aplicou, desde logo, as decisões do Concílio, tendo sido o primeiro de todos os prelados a executá-las. Defendeu a primazia bracarense, em oposição ao Arcebispo de Toledo, quando ambos reivindicavam a primazia das Espanhas.

Na linha da renovação da Arquidiocese de Braga, preocupou-se com a formação do clero. Fundou o Seminário Conciliar, o Convento de S. Domingos, centros de estudos teológico-pastorais, estimulou a educação e instrução da juventude e promoveu a assistência social. Passava grande parte do tempo em visita pastoral. Compôs, para os fiéis, um “Catecismo da Doutrina Cristã” e um livro de “Práticas Espirituais”.

Renunciou ao arcebispado e recolheu-se ao convento de S. Domingos, onde veio a falecer, em 1590. À hora da morte os bracarenses pretenderam levar para Braga o seu corpo, mas os vianenses opuseram-se de armas na mão. Foi beatificado por João Paulo II em 2002. A sua festa litúrgica celebra-se a 18 de Julho.

A 10 de Novembro de 2019, na Catedral de Braga, o cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, leu o decreto de canonização durante a Missa de Ação de Graças.