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DACS com Agência Ecclesia | 27 Jul 2020
Comissão Justiça e Paz alerta para impacto da pandemia nos mais velhos
Organismo católico convida a “reflectir seriamente” sobre condições de vida dos idosos.
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  © Paolo Bendandi/Unsplash

A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) alertou esta segunda-feira para o impacto da pandemia nos mais velhos, questionando a forma como a sociedade trata os idosos.

“Estes tempos alertam-nos para o facto de termos de refletir seriamente sobre as condições de vida e de participação dos mais velhos. Sobre o que é ser ‘mais velho’”, assinala a nota.

O organismo de leigos católicos cita o Papa Francisco para falar de uma “cultura do descarte” dos mais idosos, particularmente visível na crise provocada pela covid-19, nomeadamente naqueles que estão ‘confinados’ em lares, impedidos, face aos riscos de contaminação, de receber visitas dos seus familiares”.

“Temos de pensar em alternativas e já há conhecimento de experiências bem interessantes que vão sendo postas em prática um pouco por todo o mundo. Soluções mais humanizadas de combate ao isolamento que, numa perspectiva intergeracional, permitem que jovens estudantes, a troco de alojamento, acompanhem os mais velhos que assim permanecem na sua casa”, assinala a CNJP.

Outras alternativas são a construção de unidades residenciais autónomas e soluções mais integradoras na vida activa, “pela diversificação de postos de trabalho e de novas áreas e perfis funcionais, pelo desdobramento de horários de trabalho”.

A CNJP destaca que os mais velhos são as principais vítimas da covid-19 e ficaram “ainda mais sós, portanto”.

“Os velhos não são para ‘deitar fora’ porque já não são úteis na denominada vida activa. Os velhos ‘nascem dentro de si e no coração de Deus’. Os mandamentos alertam-nos para que devemos ‘honrar pai e mãe’, temos o dever de protecção”, aponta a nota.

Para o organismo católicos, os idosos não podem ser meros “utentes” de instituições, impedidos de “participar e contribuir para o bem-estar da sociedade a que pertencem”.

O documento recorre à mais recente classificação etária da OMS (Organização Mundial da Saúde), na qual se apresenta uma nova abordagem à 3ª idade, considerando a fase dos 66-79 como “meia idade” – os idosos são aqueles que se situam entre 80 e os 99 anos.

“A referida ‘meia idade’ é uma idade bem activa e que, infelizmente, tem sido ignorada. Muitas pessoas desta idade continuam ativas nos diversos sectores da sociedade (que lhes são consentidos), nomeadamente em importantes atividades de voluntariado”, pode ler-se.

“É urgente pensarmos nesta ordem de questões e encontrar alternativas. Para que um dia o nosso coração culpabilizado não se sobressalte”, acrescenta a nota.

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