Arquidiocese de Braga -

23 julho 2023

Jovens do Coro da JMJ partilham momento de fé

Fotografia DM

DM - Jorge Oliveira

Cantores da Arquidiocese de Braga rumam a Lisboa na próxima quarta-feira para os ensaios finais

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A pouco mais de uma semana do início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), os jovens da Arquidiocese de Braga que integram o Coro que vai solenizar as celebrações deste grande encontro em Lisboa com o Papa Francisco dizem-se “motivados”, “entusiasmados” e prontos para viver esta “experiência única” nas suas vidas.

O grupo parte rumo a Lisboa na próxima quarta-feira, 26 de julho – dia em que começam os Dias nas Dioceses (DND) – para os últimos ensaios do Coro da JMJ, que integra cerca de 300 jovens de todas as Dioceses de Portugal.

Os cantores de Braga vão ficar nas casas das famílias que os têm acolhido desde julho de 2022, altura que começaram os  preparativos.

Antes da partida, Nuno Ferreira, um dos cinco membros do grupo, disse que a preparação “tem sido muito trabalhosa e exigente”, mas ao mesmo tempo “muito gratificante” a vários níveis, desde o musical ao relacional, passando pelo espiritual. 

“Esta é também uma experiência espiritual. No fim da JMJ vamos ficar transformados e a nossa fé vai crescer”, salienta o jovem da paróquia de Remelhe, arciprestado de Barcelos. 

João Henrique Araújo, 20 anos, da paróquia de Santiago de Lanhoso, Arciprestado da Póvoa de Lanhoso, pertence à voz dos tenores e diz que as expectativas “são imensas”.

“Provavelmente nunca teremos outra experiência como esta na nossas vidas. Sinto que isto que estamos a fazer é um partilhar da nossa fé. Diz-se que cantar é rezar duas vezes e é isso que temos feito através dos cânticos”, acrescenta.

Peso da responsabilidade

No meio do entusiasmo, estes jovens não escondem também algum “nervoso miudinho” pela responsabilidade que é atuar em cima de um palco junto do Papa e diante centenas de milhares de jovens de várias parte do mundo e ter milhões de pessoas ligadas a estes momentos através das televisões, rádios e meios digitais.

“Vamos estar um pouco nervosos não só porque ficaremos perto do Papa, mas também porque vamos ter todo o mundo focado em Lisboa, e tal como diz o Hino da JMJ eles vão ouvir a nossa voz”, refere Júlio Pestana, 21 anos, da paróquia de S. Victor, arciprestado de Braga. 

O jovem confessa que participar na JMJ é uma “oportunidade incrível” e que nunca pensou vir a integrar o Coro. Se tivesse oportunidade de dirigir uma palavra ao Papa, Júlio Pestana diz que o animaria a continuar a prosseguir o trabalho que está a fazer. 

Nuno Ferreira, 24 anos, entrou para o Coro da JMJ Lisboa 2023 já depois de ocorrerem as primeiras provas, a convite do colega João Henrique. Está no naipe dos baixos. 

“Tem sido uma experiência incrível, pelo nível de qualidade que estamos a atingir e também pela interação com imensos jovens. Tem sido também uma experiência muito boa em termos de fé e de partilha e conhecimento de novas pessoas. No Coro está demonstrado o verdadeiro espírito da JMJ”, afirma.

Este jovem também diria obrigado a Francisco se pudesse falar com ele nestes dias de encontro em Lisboa.

“Admiro imenso todo o trabalho que o Papa está a fazer, no sentido de uma Igreja mais transparente, mais aberta”, afirma.

Gratidão é também o que João Araújo transmitiria ao Papa, “por todos os ensinamentos, por todas as mensagens que ele tem partilhado com os jovens”.

Do coro para a orquestra

Natália Faria é da paróquia de S. Martinho de Candoso, arciprestado de Guimarães/Vizela. Começou no naipe dos contraltos, mas acabou por ser convidada para integrar a Orquestra da JMJ, já que toca trompa.

Para esta jovem, de 30 anos, este projeto está a ser uma «experiência muito boa».

“Há momentos alegres, outros tristes, mas temos sempre aquele abraço no momento certo que nos sabe muito bem. Acho que toda a gente vai gostar da experiência. Vai ser um rezar duas vezes, vai ser uma partilha imensa e vamos ter muita gente a rezar connosco”, acrescenta.

Se pudesse falar com o Papa, Natália Faria iria agradecer-lhe por continuar a ouvir os jovens e perguntar-lhe o que é que o motiva a continuar com a JMJ.

Depois da Jornada, que decorre de 1 a 6 de agosto, estes jovens da Arquidiocese de Braga, onde se inclui Leonor Cunha, do arciprestado de Fafe, gostavam de poder continuar a juntar-se e a cantar com os restantes elementos do Coro da JMJ.

“Se acabar, e cada um for para o seu lado, é uma pena”, diz Nuno Ferreira.

O Coro da JMJ vai solenizar, entre outras celebrações, a missa de abertura (dia 2), a cerimónia de acolhimento dos peregrinos (dia 3), a Via-Sacra com os jovens (4), a Vigília (5) e Missa para a JMJ (6), no Parque Tejo.