Arquidiocese de Braga -

7 janeiro 2016

Igreja de Braga adequa visitas pastorais às "exigências" dos novos tempos

Fotografia DM

Jorge Oliveira | Diário do Minho

Arcebispo apela à criatividade, não quer pastorais repetidas.

\n

O Arcebispo de Braga realçou ontem a importância da preparação e revisão das paróquias num encontro com sacerdotes em que o tema central de abordagem foi a reorganização das visitas pastorais que se reiniciarão em breve na Arquidiocese.

D. Jorge Ortiga espera que dentro da diversidade de cada paróquia exista uma ideia motivadora para que as visitas pastorais não sejam um cumprir de programa.

«Estamos num tempo novo, de mudança, e não podemos insistir em pastorais repetidas. O que pretendemos é que as visitas pastorais sejam um momento de graça para todas as paróquias em ordem à renovação dessas mesmas paróquias», disse diante de um grupo de sacerdotes reunidos no Centro Pastoral da Arquidiocese, no habitual encontro natalício do Clero do Arciprestado de Braga, em Dias de Reis.

As visitas pastorais no Arciprestado de Braga começam no dia 14 de fevereiro e devem terminar em fins de junho.

Este novo programa, que está sujeito a ajustes, por exemplo no que se refere à distribuição e datas de visita às paróquias, propõe uma paróquia de «rosto missionário e com uma grande criatividade». E para isso, notou o Arcebispo, cada paróquia deve «rever o seu funcionamento para verificar onde é que deve alterar costumes, tradições, maneiras de fazer».

«Por vezes, as nossas paróquias são uma realidade demasiada estática, demasiado fechada, importa nestes tempos novos tomar consciência da sociedade que nos rodeia, dos cristãos que nos procuram, da caraterização, das ansiedades, dos problemas, e fazer com que a paróquia dentro da Igreja e através das suas estruturas lá fora seja uma resposta para esses mesmos problemas», sustentou.

D. Jorge defende que é necessário renovar as paróquias num espírito de unidade e tendo em conta as suas caraterísticas e especificidades (porque não são todas iguais). Na cidade de Braga, o trabalho pastoral tem que ter uma «dinâmica diferente», defendeu.

Segundo o Arcebispo, as visitas pastorais devem privilegiar as visitas a capelas, a doentes e também as assembleias paroquiais, momentos apropriados para se falar dos problemas da paróquia e «em «conjunto encontrar caminhos de mudança».

Para desenvolver este novo programa, o Arcebispo já contará também com o novo bispo auxiliar D. Nuno Almeida, que será ordenado no dia 31 de janeiro e começará a fazer visitas pastorais no dia 14 de fevereiro.

Hoje mesmo, D. Jorge Ortiga e o Bispo Auxiliar D. Francisco Senra Coelho deslocam-se a Terras de Bouro para fazerem uma revisão das paróquias deste arciprestado.

A Arquidiocese está apostada em fazer com que estas visitas pastorais possam deixar uma marca que constitua uma missão.

No arciprestado de Braga, está-se a pensar preparar uma missão na cidade, com a ajuda dos padres vicentinos, adiantou o arcipreste, o padre Sérgio Torres, a quem coube orientar este encontro-convívio natalício do Clero do Arciprestado de Braga que tem como propósito intensificar a amizade entre os sacerdotes e simultaneamente reforçar o sentido de cooperação e colaboração.

 

D. Francisco coloca atenção especial nos doentes e jovens

Neste encontro-convívio de Natal do Clero do Arciprestado de Braga  esteve também o Bispo Auxiliar, D. Francisco Senra Coelho, que reforçou o conteúdo das orientações expressas na palestra do Arcebispo no que se refere às visitas pastorais.

 D. Francisco insistiu, particularmente, no cuidado que deve haver por parte dos agentes paroquiais na preparação para a Santa Unção aos doentes e para as visitas às escolas (às crianças e jovens). «É importante o bispo ir à casa das pessoas acamadas, principalmente das que se encontram mais debilitadas», disse o prelado, reconhecendo que tem sido um «êxito» a adesão ao Sacramento da Unção dos enfermos. 

O Bispo espera fazer «o máximo de encontro» quer com os doentes, quer com os alunos.