D. Jorge Ortiga presidiu no dia 21 de Outubro, pelas 18h30, à eucaristia do 100º Aniversário de Manuel Gonçalves.
O Arcebispo Primaz recordou Manuel Gonçalves com memória e gratidão, sublinhando a coragem e ousadia que revestiu a sua personalidade ao criar do nada uma empresa de referência mundial.
Lembrando que o ser humano foi feito para crescer, D. Jorge referiu a importância de recordar e conservar o testemunho de Manuel de Gonçalves como forma de alimentar e inspirar o espírito de todos.
A economia e as desigualdades sociais voltaram a fazer parte da homilia do Arcebispo, que exortou os economistas a uma concretização pragmática de palavras que até agora não têm tido espaço para consolidação: o trabalho como direito universal e o desenvolvimento económico ao serviço do ser humano.
Neste sentido, D. Jorge apelou à união ao invés de oposição. Se todos, patrões e operários trabalharem para o mesmo bem comum, também os seus comportamentos se transformam, rumando a uma felicidade colectiva.
A vigília também foi outro desafio lançado durante a homilia. Vigília e partilha pelo outro, inspirando e abraçando os mais necessitados. Recordando o espírito do comendador Manuel Gonçalves, o Arcebispo sublinhou que o trabalho não deve apenas enriquecer alguns, mas todos os que dele puderem beneficiar, de forma a transformar a terra num espaço de concórdia e fraternidade.

Fotografia: Álvaro Magalhães