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Chegamos ao fim de mais uma experiência. Quisemos ser Ágora. Praça no meio da cidade que acolhe os seus dramas e interrogações. Sentimos as exigências de uma conversão ecológica, aceitamos as lições da pandemia no mundo da saúde e medicina e comprometemo-nos em edificar famílias como células de uma sociedade a partir do direito e dever laboral.
Foram dias de uma verdadeira experiência cultural. Sabemos que a cultura se reveste da forma de um poliedro, com várias faces, todas elas fundamentais: conhecimento, investigação, lazer, arte, costumes, hábitos, tradições, crenças. Tudo fundamental para que a pessoa experimente todas as suas potencialidades. Ela é dinâmica, está sempre em desenvolvimento, acontece na História. Sujeita-se, por isso, ao ritmo da mudança. E hoje encontramo-nos não só numa era de mudanças mas de mudança de era. Esta mudança tem sempre resistências protagonizadas por diferentes intérpretes. Importa que estejamos do lado da verdadeira mudança, aceitando o inevitável e rejeitando o secundário. Importa, porém, que não queiramos construir a partir do vazio. Sem memória histórica e fidelidade a um percurso já realizado, não conseguiremos delinear projectos de futuro. Há muita gente que pretende viver sem raízes. Não aguentará! Da minha parte, e da parte da Igreja, sinto que devemos caminhar juntos numa fidelidade criativa. Temos história e esta continua a ser construída por quem acredita verdadeiramente no Homem.
Aproveito para agradecer o trabalho que o nosso Departamento para a Pastoral da Cultura está a realizar para sermos, entre muitas outras realizações, a interpretação de uma cultura a partir dos valores em que acreditamos. Há uma equipa plurifacetada que oferece o seu contributo particular. A cada um agradeço. De um modo particular ao seu coordenador, Cón. Eduardo Duque. Trata-se de algo original que vai sendo oferecido, nunca como imposição mas sempre como proposta.
Caminhamos juntos nestes dias da Nova Ágora. Infelizmente, este ano, não tivemos a graça e o prazer do contacto físico. Sabemos que no amor não há longe nem distância. Quero estar convosco quotidianamente. Aceitai a certeza da minha amizade. Precisando de alguma coisa, batei à porta. Estará sempre aberta. Acredito que a felicidade só se constrói de mãos dadas. Preciso de vós. Desde já, uma Páscoa de alegria. Vai ser diferente. Que não deixe de ser Páscoa. Boa noite a todos. Bom descanso e obrigado pela vossa presença.
P. Paulo Alexandre Terroso Silva
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