Arquidiocese de Braga -

23 abril 2020

Movimento de Trabalhadores Cristãos propõe “modelo alternativo de vida”

Fotografia

DACS com Agência Ecclesia

A mensagem alerta para as situações de pobreza extrema, exploração dos trabalhadores e destruição da natureza, antes de apontar a sinais de esperança.

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O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos – do qual faz parte a Liga Operária Católica de Portugal – apela, na sua mensagem para a próxima celebração do 1.º de Maio, à criação de um “modelo alternativo de vida”, menos centrado no consumo.

“Um modelo alternativo de vida, focado no agroecológico sustentável e no equilíbrio e harmonia com a mãe natureza, promove diversas estratégias familiares e comunitárias de produção agrícola, pecuária, de pequena indústria, do cooperativismo, dos serviços mutuais e de comercialização colectiva dos excedentes, através dos múltiplos mercados solidários”, afirma o Movimento Mundial.

O texto, que este ano foi elaborado pelo Movimento de Trabalhadores Cristãos da Guatemala, denuncia a “ordem geopolítica mundial de domínio do capital financeiro e empresas multinacionais”, que “desregula e precariza direitos laborais, que endivida, despoja e explora os recursos naturais e culturais dos nossos povos, aumentando as migrações forçadas do sul para o norte, implementando políticas e estratégias de exclusão, marginalização, criminalização e morte”.

A mensagem alerta ainda para as situações de pobreza extrema, exploração dos trabalhadores e destruição da natureza, antes de apontar a sinais de esperança.

“A partir desta experiência sectorial, familiar e comunitária renovamos princípios e valores que fundamentam uma nova espiritualidade da Vida: o direito à ‘Terra, ao Tecto e ao Trabalho’. Caminhamos com a consciência e a certeza de que outro mundo é possível”, pode ler-se.

O Movimento recorda também as “jornadas de lutas jurídicas e políticas” que permitiram avanços nas áreas de protecção social, na segurança e na economia social e solidária.

“Para o conseguir foi vital a articulação com diversos movimentos sociais, sindicais e de nulheres; de combate à violência doméstica, ao tráfico humano e à exploração sexual; de trabalhadores/as domésticas economia informal e do serviço doméstico; de emigrantes, de camponeses e das comunidades e povos indígenas”, acrescenta a mensagem.

O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos reafirma o objectivo de “contribuir a partir do local, nacional e internacional na dignificação da vida da classe trabalhadora e na construção de uma mesa e uma casa comum, em justiça e solidariedade”.