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DACS com Vatican News | 24 Jan 2022
Papa convoca jornada de oração pela paz na Ucrânia
Francisco segue com “preocupação” o recrudescimento das tensões que, diz, “ameaçam infligir um novo golpe à paz na Ucrânia e colocam em causa a segurança no continente europeu”.
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  © Tyler Hicks/The New York Times

Francisco convocou para esta quarta-feira, dia 26 de Janeiro, uma jornada de oração pela paz na Ucrânia. O Papa mostrou-se preocupado pelo aumento das tensões entre os países do Ocidente e a Rússia.

O líder da Igreja Católica pediu que todas as pessoas de boa vontade se unam ao seu apelo e “elevem orações a Deus omnipotente” para uma jornada de oração pela paz no dia 26 de Janeiro.

O pontífice afirmou seguir com “preocupação” o recrudescimento das tensões que, diz, ameaçam infligir um novo golpe à paz na Ucrânia e colocam em causa a segurança no continente europeu, com repercussões ainda mais vastas”.

Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, Francisco pediu que “cada acção e iniciativa política estejam ao serviço da fraternidade humana, mais do que de interesses particulares” que, quando seguidos em prejuízo dos outros, despreza a sua vocação de homem, porque todos fomos criados como irmãos”.

Na sexta-feira, os bispos europeus apelaram à resolução das tensões políticas e militares na Ucrânia “exclusivamente através do diálogo”, dizendo ainda aos responsáveis políticos das várias nações para não esquecerem “a tragédia da guerra mundial do século passado” e defenderem o direito internacional, a independência e a soberania territorial de cada um dos países”.

Também na passada sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, estiveram reunidos em Genebra para procurar aliviar a tensão política e militar. Blinken descreveu a reunião como “franca e útil” e ficou em aberto a realização de uma nova cimeira entre os presidentes dos EUA e da Rússia.

No entanto, de acordo com o The New York Times, a administração norte-americana está a considerar o envio de milhares de soldados para o leste europeu e para os países bálticos, assim como navios e aeronaves militares. A opção inicial está no envio de entre mil a 5 mil soldados, com o potencial de multiplicar esses números por dez vezes no caso de uma deterioração da situação.

A Rússia tem estacionados cerca de 100 mil soldados nas fronteiras do país com a Ucrânia, continuando a enviar para a região armamento e sistemas de anti-aéreos. O governo de Vladimir Putin divulgou uma lista de exigências que é improvável que os países ocidentais venham a cumprir, e Joe Biden, o Presidente dos Estados Unidos da América, afirmou abertamente esta quarta-feira que espera que Putin ordene que tropas atravessem a fronteira estabelecida.

Putin tem defendido a acumulação de tropas com o argumento de que é um mero exercício militar. Entre as exigências russas está a da NATO nunca admitir a adesão da Ucrânia e um recuo das forças da NATO no leste europeu – para posições que ocuparam pela última vez no fim da década de 1990. Biden aprovou esta semana uma ajuda suplementar de cerca de 175 milhões de euros para Kiev, e autorizou a Estónia, Letónia e Lituânia a entregar às forças ucranianas misseís anti-aéreos, complementando o que o Reino Unido tem entregue desde o início do mês.

A Ucrânia passou por duas revoluções no século XXI, em 2005 e 2014, rejeitando ambas as vezes a influência da Rússia e aproximando-se da União Europeia e da NATO, movimentando-se no sentido da adesão a ambas as alianças.

Depois da revolução de 2014 (Revolução da Dignidade), em que meses de protestos acabaram por derrubar o presidente pró-Moscovo Viktor Yanukovych, Putin utilizou o vazio no poder a seu favor e anexou a região da Crimeia, para além de começar a apoiar rebeldes separatistas nas províncias de Donetsk e Luhansk através de milícias paramilitares.

Os rebeldes conseguiram estabelecer duas pequenas “repúblicas populares”, onde a pena de morte foi reestabelecida e dezenas de campos de concentração foram criados para torturar e executar dissidentes. O conflito vitimou, desde 2014, mais de 13 mil pessoas e obrigou à deslocação de milhões.

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Palavras-Chave:
Ucrânia  •  Papa Francisco  •  paz  •  oração
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