Arquidiocese de Braga -

26 fevereiro 2024

Escolas Católicas de Braga chamadas a marcar a diferença na pedagogia e na sociedade

Fotografia

DM - Francisco de Assis

Centro Pastoral da Arquidiocese acolheu encontro com direções e moderadoras da Pastoral das Escolas Católicas

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O Centro Pastoral da Arquidiocese de Braga acolheu ontem o encontro com  direções e moderadores da Pastoral das Escolas Católicas. No evento organizado pelo Departamento Arquidiocesano para a Presença da Igreja no Ensino, que contou com a presença do Arcebispo de Braga, as escolas católicas foram chamadas a marcar a diferença na pedagogia e nesta sociedade, cada vez mais secularizada.

A sessão contou com responsáveis de escolas e colégios católicos de toda a Arquidiocese. D. José Cordeiro, Arcebispo Metropolita; e seu Bispo Auxiliar, D. Delfim, intitulados no encontro «os primeiros professores», assistiram e participaram.

O encontro teve como tema “Uma Leitura Cristológica do Pacto Educativo Global, com os desafios pedagógicos para as escolas Católicas neste tempo que vivemos”. E foi desenvolvido pelo padre José Miguel Cardoso, que trabalha no Dicastério para a Cultura e Educação, no Vaticano. 

As palavras de boas-vindas foram proferidas pelo padre Miguel Rodrigues, novo diretor do Departamento para a Presença da Igreja no Ensino, substituindo o padre Rúben Cruz. Aliás, o  ex-diretor mereceu palavras elogiosas e de agradecimento pelo trabalho desenvolvido.

Em declarações ao Diário do Minho, o padre Miguel Rodrigues explicou que este encontro enquadra-se no Plano de Atividades do Departamento, precisamente para trabalhar o tema e debater a problemática das escolas católicas, sobretudo no tempo em que as raízes católicas da fé são colocadas à prova.

«O objetivo é conseguirmos conciliar as diferentes componentes de uma fé, que orgulhosamente assumimos que cuidamos; e que queremos também que seja uma prática de boa educação aos alunos  que frequentam as nossas escolas e colégios».

Questionado sobre os desafios das escolas católicas, o também pároco de Fermentões e Penselo, Arciprestado de Guimarães e Vizela respondeu: «o desafio é enorme. Vemos como, na sociedade civil, a questão da fé tem vindo ao de cima com diferentes preocupações, até com diferentes polémicas associadas. No entanto, queremos alicerçar cada vez mais esses nossos princípios. E queremos olhá-los também de forma crítica. E perceber que o espírito cristão continua a ter uma palavra muito importante na pedagogia e no trabalho com as crianças e jovens, numa educação que olha para a sua raiz histórica e cultural e vê no cristianismo uma base que é indispensável e incontornável».

 

Só a educação pode mudar o mundo 

Por seu turno, o orador lembrou as diferenças entre as escolas católicas de antigamente, que eram as únicas, onde a Igreja foi pioneira neste oferta pedagógica às populações mais frágeis; e as escolas católicas da atualidade, numa sociedade secularizada pela globalização. 

Uma escola de acordo com os princípios da moral cristã da Igreja, que marca a diferença pela postura moral dos seus professores e colaboradores. Oferecem, nas suas atividades curriculares e extracurriculares, «este dinamismo de inspiração cristã, e sobretudo, aquilo que é a essência de uma escola cristã. Mostrar como Jesus que é o professor dos professores, na sua pedagogia com os apóstolos, tem muita coisa para nos ensinar nos dias de hoje».

O padre José Miguel Cardoso falou no desafio que o Papa Francisco promoveu em todo o mundo que é o Pacto Educativo Global, que é um conjunto de sete compromissos que o Papa criou com os organismos sociais e políticos de todo o mundo, para assim, haver o compromisso de uma transformação social. «Porque, nós não podemos mudar o mundo se não mudarmos a educação».

Quanto a D. José Cordeiro, também falou no «enorme desafio» das escolas católicas, mas que é um desafio fundamental, capaz de marcar a diferença na pedagogia e na sociedade. «As escolas católicas oferecem tudo o que as outras oferecem, mas têm este valor acrescentado que é o testemunho vivo de Cristo nas famílias, alunos e com todos aqueles que de uma forma ou outra convivem com a escola católica».