Arquidiocese de Braga -

27 julho 2013

PEREGRINOS DO SAMEIRO VÃO BAILAR À SENHORA

Fotografia

Departamento Arquidiocesano de Comunicação Social

O santuário do Sameiro vai voltar a acolher a iniciativa “Vamos bailar à Senhora”, integrada na habitual peregrinação que se realiza anualmente no terceiro domingo de agosto.

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O santuário do Sameiro vai voltar a acolher, a 18 de agosto, a iniciativa “Vamos bailar à Senhora”, integrada na habitual peregrinação que se realiza anualmente no terceiro domingo de agosto.

A segunda maior peregrinação anual ao alto do monte Espinho, que é dedicada particularmente aos emigrantes, integra pela quarta vez esta iniciativa popular que conta com a participação de grupos folclóricos e etnográficos de Cabreiros, Marrancos (Vila Verde), Palmeira, Vimieiro, Lamaçães, Joséphine da Morreira e "Sinos da Sé".

Partindo da igreja do Bom Jesus do Monte, a partir das 09h30, a peregrinação deve atingir a esplanada do santuário do Sameiro um pouco antes das 11h00, decorrendo depois a eucaristia na cripta.

O momento alto da manhã acontece precisamente quando o andor de Nossa Senhora, voltando-se para a cidade de Braga, é brindado com cânticos e danças tradicionais, interpretados pelos grupos folclóricos que organizaram a iniciativa “Vamos bailar à Senhora”.

A partir das 14h30, a esplanada do santuário acolhe a atuação dos grupos folclóricos que vão interpretar músicas e danças em louvor de Nossa Senhora. O repertório, de muitos conhecido, costuma atrair os peregrinos e despertar muitas reações de espanto e devoção.

Uma parte significativa dos fiéis que participam nesta peregrinação são emigrantes, regressados, ao longo do mês de agosto, às suas origens.

A peregrinação tem como intenções particulares os doentes, desempregados, vítimas da fome e da guerra, a prosperidade do nosso país, bem como as intenções dos peregrinos que participaram.


Folclore é uma «forma de exprimir a fé»

Segundo o cónego José Paulo Abreu, presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro, o folclore é uma «forma de exprimir a fé» e não contradiz as formas de religiosidade passíveis de serem vividas pelos cristãos.

«Os ranchos folclóricos têm a ver com a alma do nosso povo, e com a forma como exterioriza os seus sentimentos e crenças», sublinhou.

Em entrevista ao magazine semanal da Arquidiocese de Braga na rádio Sim, o vigário geral da Arquidiocese congratulou-se pela repetição desta iniciativa, salientando que «a religião deve estar incarnada na vida das pessoas».

Segundo o responsável máximo do santuário mariano bracarense, os cristãos são «muito apologistas da inculturação quando se fala de costumes africanos», contudo «levantam mais reservas» quando se trata das tradições locais.

«A religião não é um tratado, é sobretudo uma forma de comunicarmos com Deus e deixarmos que Deus se relacione connosco», referiu ainda.

Os peregrinos do Sameiro têm reagido «muito bem» a esta iniciativa, tendo sido editado um DVD com a gravação deste momento «a pedido de muitos emigrantes».

O cónego José Paulo Abreu manifestou-se ainda grato pelo trabalho desenvolvido pelos grupos participantes na iniciativa “Vamos bailar à Senhora”, fortalecendo «sempre na perspetiva de pensarem nos outros».