Arquidiocese de Braga -
11 novembro 2024
Arquidiocese de Braga rezou pelos Seminários, esperança da continuidade da vida cristã

A igreja de São Paulo acolheu uma vigília de oração, à luz da vela e ao estilo TAizé
A igreja do Seminário de São Pedro e São Paulo, em Braga, acolheu na passada sexta-feira, a Vigília de Oração pelos Seminários e seminaristas, esperança da continuidade da vida cristã. A vigília decorreu ao estilo Taizé, à luz da vela e foi orientada por D. Delfim Gomes, Bispo Auxiliar de Braga, que deixou desafios aos jovens, mas também ao povo cristão da Arquidiocese de Braga.
A oração pelos Seminários e pelos seminaristas visou, além de aproximação a Deus e das preces para que haja sacerdotes, também reafirmar a consciência da sociedade que sem padres não há vida cristã, não há sacramentos. Por isso, os Seminários são a esperança da continuidade da prática da fé católica.
As primeiras palavras foram do cónego Vítor Novais, responsável pelo Seminários de Braga, que saudou alegremente os presentes, de modo especial os jovens, formadores e seminaristas presentes. Este responsável salientou o «momento nobre» da união do povo de Deus em oração.
A Vigília decorreu no âmbito da Semana de oração pelos Seminários, que termina amanhã, sob o lema “O que posso eu esperar? Em Ti se encontra a minha esperança.” (Salmo 39,8).
Na sua reflexão, o Bispo Auxiliar de Braga dirigiu-se aos jovens que se interrogam, àqueles que se encontram numa atitude de discernimento contínuo da sua vocação, aos formadores e colaboradores que servem os Seminário bem como a todo o povo de Deus presente. «Só Ele é a luz para o meu caminho, só Ele é a fonte da vida. Diante de Deus num despojamento interior, com a pobreza espiritual que deve marcar a nossa relação com Deus e com os nossos companheiros de viagem. Somos mendigos e peregrinos da salvação. Cristo é o dom gratuito de Deus, esta pobreza espiritual é fonte de alegria, porque nos permite conhecer a Cristo e fazer dele o valor supremo da nossa vi-
da».
A reflexão, “O que posso eu esperar?, é, na visão do Bispo Auxiliar de Braga, um desafio que é testemunho. Remar contra a corrente e ser persistente. Nesta mudança de época, sentida nas diversas instituições da sociedade, desde a família, à universidade, à escola, ao desequilíbrio ecológico, à cultura cibernética, e à inteligência artificial, entre outras, é exigida a nossa presença, promovendo uma verdadeira cultura do encontro, uma sociedade fundada no amor fraterno e na justiça».
D. Delfim Gomes dirigiu-se especialmente aos jovens «Caros jovens: Não há projeto mais motivador do que aquele que se apresenta como um desafio, que tem na origem uma alegria e faz do repto uma ousadia de quem corre riscos, que ousou sair do sofá, do espaço de conforto, que sonha com a missão, que se sente inquieto. Este tempo que estamos a viver, com todas as crises e indiferenças, afastamentos e tensões, não deve ser visto como um problema, mas antes como uma oportunidade, uma oferta de graça, para aprofundar a experiência de Cristo vivo e, portanto, da Igreja».
E lembrou: «de nós, exige-se um exercício de coerência e responsabilidade. Só a escuta do Senhor pode revelar-nos aquilo a que somos chamados a ser. Mantém essa disposição interior para acolher o chamamento do Amigo, deixa-te conduzir a uma vida em plenitude gasta generosamente com os irmãos».
No fim, deixou uma espécie de desafio. «E se a pergunta que deu mote a esta semana dos Seminários, fosse colocada ao contrário? Que pode a Igreja, que é Mãe, esperar de ti, que és filho?».
Depois do alimento da alma, os presentes dirigiram-se para os claustros do Seminário, para um convívio.
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