Arquidiocese de Braga -

Para o Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, a dedicação do altar e a inauguração das obras de requalificação da igreja de Nossa Senhora do Amparo, na Póvoa de Lanhoso, no dia do centenário da paróquia, 14 de março, são motivo para “rejubilar de alegria”.

D. José presidiu à Eucaristia festiva, tendo manifestado a sua “profunda gratidão” por se associar a este “momento tão significativo”, que era “há muito esperado e sonhado” pela comunidade cristã.

“Celebrar o centenário desta paróquia no Ano Santo Jubilar, tem um significado acrescido, são dois jubileus num só”, afirmou, felicitando as pedras vivas desta comunidade, que tem como pároco o padre Armindo Gonçalves.

D. José lembrou que, com a reforma do Concílio Vaticano II, foi feita a transposição do altar do retábulo para a proximidade da assembleia. Agora, foi feita a dedicação do altar porque a comunidade entendeu que «o altar é o centro da própria assembleia da Igreja.  “O altar é muito mais do que uma funcionalidade que se lhe aplica, é muito mais do que uma mesa, tem esta força simbólica da presença permanente de Cristo no meio da assembleia”, disse.

O Arcebispo Metropolita referiu que a dedicação é “um ritual é muito belo, muito rico e muito complexo”, sendo que o altar consagrado significa que “Jesus é o fundamento da Igreja”.

Deixou uma palavra de “memória agradecida” ao  benfeitor Manuel Joaquim Barbosa Castro, que construiu a igreja. “Ao longo da comemoração dos 100 anos, esta paróquia realizou muitas iniciativas de âmbito cultural, espiritual e pastoral. Hoje sente-se que é uma comunidade que renasce na feliz oportunidade deste Jubileu”, tendo “ainda mais consciência da sua missão, da sua identidade e de projetar para o futuro, porque nós celebramos o passado no presente para darmos memória ao futuro”.

As obras consistiram no restauro das paredes interiores e exteriores, da talha de todos os altares, pinturas dos tetos, polimento dos pisos e pela reforma de todo o sistema elétrico e de iluminação.

No fim da celebração, foram descerrados, na sacristia, sete retratos de personalidades ligadas à igreja. As imagens perpetuam a memória do fundador, Manuel Joaquim Barbosa Castro; do criador da paróquia, a 14 de março de 1925, Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos; dos quatro párocos que passaram pela paróquia – Pe. José Dias, Pe. Manuel da Fonseca, Pe. Magalhães dos Santos e Pe. Armindo Gonçalves –; e Arcebispo D. José Cordeiro, que fez a dedicação do novo altar.

O programa do centenário da paróquia tem outro ponto alto na próxima quarta-feira, 19 de março. D. Delfim Gomes, Bispo Auxiliar de Braga, vai presidir à Eucaristia das Festas de S. José, às 11h. De seguida, inaugura, no adro da igreja, o Memorial do Centenário, com desenho do arquiteto povoense David Oliveira, que também concebeu o novo mobiliário da capela-mor.