Arquidiocese de Braga -
28 abril 2025
Procissão do Senhor dos Enfermos marcada por Fátima e Papa Francisco

DM - José Carlos Ferreira
Muitas centenas de pessoas testemunharam em Belinho, no concelho de Esposende, a procissão Eucarística que se realiza no domingo a seguir à Páscoa
A paróquia de Belinho, no concelho de Esposende, cumpriu ontem, dia 27 de abril, a tradição que manda que, no domingo a seguir ao dia de Páscoa, se realize a Procissão do Senhor dos Enfermos.
Este cortejo eucarístico, quase a cumprir cem anos de existência, começou às 9h e percorreu toda a freguesia, levando, este ano, a comunhão a sete doentes.
As ruas, como acontece todos os anos, foram enfeitadas com tapetes de flores desenhados na noite de sábado para domingo, envolvendo toda a população, que escolheu o Papa Francisco e as Aparições de Fátima como principais motivos.
“Cada lugar faz as suas surpresas. Não é por acaso. Há uma coincidência mesmo na forma de pensar por parte dos mentores sobre o que vão fazer nos tapetes. E, geralmente isso é feito sempre em sintonia com a Igreja ou a caminhada arquidiocesana, como foi o caso dos Passos de Esperança, ou partida para a Casa do Pai do Papa Francisco”, explicou o pároco de Belinho.
Ao longo de todo o cortejo, o padre José Manuel Ferreira Ledo foi parando para ver os diversos quadros encenados, entre os quais o momento em que os três pastorinhos foram apresentados às autoridades, ou quando o Papa Francisco, em Quinta-feira Santa, escolhia prisioneiros para o Lava-Pés.
Emotivo também foi o final da Procissão do Senhor dos Enfermos, que encerra sempre com uma encenação. Este ano, no adro da igreja de Belinho, fez-se o último adeus ao Papa Francisco.
Na encenação, os Cardeais acompanharam e despediram-se do Papa que, levantando-se da cadeira de rodas, disse depois adeus aos fiéis presentes. Francisco, recebido por Cristo, entrou depois na Casa do Pai, sempre com a narração de um texto que evidenciou os principais momentos do seu Pontificado, que também passou por Portugal.
“É um facto. O Papa Francisco amava Portugal. E penso que por ser Terra de Santa Maria. Essa força que tinha dentro do coração, ele não a podia guardar, por isso a sua frase lapidar: ‘Temos Mãe’, que significa esse carinho que ele tinha a Nossa Senhora, E vemos isso agora, quando ele quis ficar sepultado em Santa Maria Maior, junto a Maria, a quem ele dedicava todas as viagens que fazia”, relembrou o pároco de Belinho.
A Procissão do Senhor dos Enfermos é já um acontecimento que ultrapassa as fronteiras do concelho de Esposende.
Ontem, em Belinho, estiveram várias excursões, das quais, duas vierem propositadamente de Aveiro. De frisar que esta procissão Eucarística não é um produto turístico, mas expressão da devoção, como a de um automobilista que, parado no trânsito, saiu do carro para se ajoelhar à passagem do Santíssimo Sacramento.
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