Arquidiocese de Braga -
12 maio 2025
D. José Cordeiro incentiva novos diáconos a assumirem a “causa do Evangelho”

DM - Jorge Oliveira
A Arquidiocese de Braga acolheu ontem de braços abertos e com grande júbilo os quatro novos diáconos que foram ordenados na Sé Primaz, numa celebração presidida por D. José Cordeiro, Arcebispo Metropolita de Braga.
A celebração, com a catedral repleta de fiéis, marcou o encerramento da Semana de Oração pelas Vocações, este ano vivida sob o lema “Chamados à Esperança”, e foi também ocasião para dar graças pela recente eleição do Papa Leão XIV.
Na homilia, D. José Cordeiro exortou os novos membros da Ordem dos Diáconos a colocarem o Evangelho no centro da sua missão como servidores da Igreja de Cristo, salientando que o ministério diaconal “está particularmente ligado ao serviço e ao amor”.
“Sede diáconos, bons diáconos por causa do Evangelho. O Evangelho deve ser a vossa causa; nada mais vos deve inquietar a não ser anunciar e testemunhar o Evangelho, fazer experiência com Jesus Cristo vivo que transforma”, pediu o prelado.
Foram ordenados Bruno Pinto, da paróquia de Santa Eulália de Fafe; Carlos Abreu, natural de Castelões, em Vila Nova de Famalicão; Diogo Antunes, de S. Tomé de Travassós, também em Fafe; e Carlos Ferreira, da paróquia de São Martinho de Outeiro Maior, no Arciprestado de Vila do Conde e Póvoa de Varzim.
Os candidatos apresentaram-se acompanhados pelos respetivos párocos e por representantes dos Conselhos Paroquiais e prometeram exercer o ministério do diaconado com “humildade e caridade, servindo Cristo no altar e nas pessoas e lugares onde Ele habita”.
“Ser fiel a estas promessas tornar-vos-á livres, disponíveis para aquilo que Cristo vos pedir na Igreja”, disse D. José Cordeiro, depois de salientar que servir “é o único poder, a única autoridade que o Evangelho” dá a quem exerce os ministérios da Igreja.
No domingo em que se recordou Jesus como o Bom Pastor e celebrou o Dia Mundial da Oração pelas Vocações, o Arcebispo explicou que discernir a vocação “é estar atento a uma voz que vem de dentro”, uma voz que “impele a mergulhar no mais íntimo de cada um, para aí descobrir o lugar onde Cristo se revela”.
Apelou à fidelidade a Jesus Cristo, o “bom e belo Pastor”, e à escuta constante da Sua voz, recordando as palavras de Cristo a Pedro: “Segue-me”.
“Na vida nunca estamos sós, Deus está sempre connosco (...) e quer suscitar em cada um a consciência de ser amado, chamado e enviado como peregrino da esperança”, sublinhou D. José, recordando a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Na homilia, intitulada “Diaconia total por causa do Evangelho”, o Arcebispo destacou a importância da proclamação da Palavra de Deus como sinal de paz e de esperança num tempo de conflitos e incertezas.
Referindo-se às guerras em curso (Síria, Iémem Ucrânia, Faixa de Gaza) e a outras que parecem estar a despontar (entre a Índia e o Paquistão), à instabilidade comercial que ameaça nova recessão económica, e às eleições legislativas em Portugal (18 de maio) – um ato decisivo para o País, “que nos convoca à participação informada, exercendo o direito e o dever de votar”, D. José Cordeiro afirmou que «Deus é fonte da paz e da serenidade».
O Arcebispo de Braga aproveitou a celebração de ordenação diaconal para expressar ao Papa Leão XIV, eleito a 11 de maio, em nome do presbitério e dos fiéis da arquidiocese, “as mais fecundas bênçãos para o seu ministério Petrino”.
“Pode contar com a nossa oração e a nossa total participação e comunhão para continuarmos a construir uma Igreja missionária, uma Igreja que contrói pontes, que constrói o diálogo, sempre aberta para acolher a todos neste processo sinodal”, afirmou.
A celebração contou com a presença de inúmeros fiéis, familiares e amigos dos ordenandos, para além de um grande número de presbíteros, diáconos, religiosos, leigos consagrados, seminaristas e formadores.
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