Arquidiocese de Braga -

O Museu Pio XII, em Braga, acolhe amanhã, dia 12 de setembro, a segunda parte da iniciativa “À Sombra da Fé, a Diáspora Portuguesa e os Cristãos Escondidos no Japão”. 

O programa tem início às 17h15 com a receção aos participantes, ao que se segue a sessão de abertura com intervenções de Ana Paula Vilela, diretora do Centro de Formação de Associação de Escolas Braga Sul, e de António Gonçalves, diretor do Museu Nogueira da Silva.

Após um momento cultural, terá lugar uma conferência com a presença de duas figuras de relevo no estudo da presença lusa no Oriente: o padre António Júlio Trigueiros, jesuíta e investigador do Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), e João Freire de Andrade, orientalista e profundo conhecedor da história das relações entre Portugal e o Japão nos séculos XVI e XVII.

Esta segunda sessão de “À Sombra da Fé” dá continuidade à primeira parte da iniciativa, que decorreu em junho com o propósito de dar a conhecer a marcante presença portuguesa no Japão e recordar os “Kakure Kirishitan” — cristãos japoneses que, durante séculos, mantiveram a sua fé em segredo. Inclui uma exposição, intitulada “À Sombra da Fé”, a diáspora portuguesa e os cristãos escondidos no Japão”, composta por peças do espólio do falecido professor Yoshinori Sahara, um investigador japonês ligado ao estudo da presença portuguesa no Japão e que viveu durante vários anos em Braga.

João Freire de Andrade, de 62 anos, empresário e presidente da Assembleia de Freguesia do Lumiar (Lisboa), traz ao evento uma visão plural, conjugando a sua formação académica em gestão, marketing e história, com uma vivência directa com o Japão. 

Visitou o país em duas ocasiões, tendo orientado recentemente, em abril e maio de 2025, uma viagem cultural e histórica aos locais emblemáticos da presença cristã no arquipélago nipónico.

Licenciado em gestão de empresas, na Universidade Lusíada e com pós-graduação em Marketing, na Universidade Católica, é é finalista da licenciatura em História, na FCSH/Universidade Nova.

O padre António Júlio Trigueiros, de 58 anos, é doutorado em História Moderna pela Faculdade de Letras Universidade de Lisboa, licenciado em Filosofia e Humanidades pela Universidade Católica Portuguesa (Braga) e em Teologia e História da Igreja pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma). Tem um vasto percurso ligado à investigação histórica, em particular à presença dos jesuítas portugueses no Oriente. 

Com formação em Filosofia, Teologia e História da Igreja, desempenhou diversas funções em instituições culturais jesuítas, como a revista Brotéria e o Centro Cultural Brotéria, além de ter sido reitor da Igreja de São Roque e capelão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. 

Esteve também no Japão como orientador histórico numa viagem temática sobre os cristãos japoneses perseguidos, realizada igualmente em abril e maio deste ano. É Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História.