Arquidiocese de Braga -
12 outubro 2025
Coração dos jovens deve ser tocado com o ideal de Jesus

DM
D. Delfim Gomes aponta missão da Pastoral de Jovens
O Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, apontou ontem a missão da Pastoral dos Jovens na Arquidiocese para os próximos tempos.
«A nossa missão, de todos nós, dos movimentos, dos grupos, é tocar no coração dos jovens, das crianças, dos adolescentes com o grande projeto, o grande ideal, que é Jesus Cristo», disse o prelado no final do Conselho Arquidiocesano da Pastoral de Jovens que decorreu ontem de manhã. «Não estamos para entreter meninos. Mesmo usando essa estratégia, para brincar com eles, tem de ser com uma mensagem. Nós queremos tocar o coração deles. Nós queremos cumprir a nossa missão», acrescentou.
E, para concretizar esta missão, sublinhou D. Delfim Gomes, é preciso trabalhar em conjunto, como grupo alargado, com os diversos secretariados, os movimentos, as diversas congregações. No fundo, salientou ainda, «com todos, num espaço concreto», que é a Arquidiocese de Braga, «com o senhor Arcebispo à frente, definindo o caminho a seguir, mas em rede».
Para o Bispo Auxiliar de Braga trabalhar em rede pode ser uma grande dificuldade seja nos arciprestados, como até nas paróquias, com os diversos grupos, ou mesmo entre os movimentos existentes. Mas, «trabalhar em rede facilita a vida a todos», garantiu. «E mais, ganhamos escala, ouvimos a diversidade do outro, que nos propõe um caminho diferenciado, que nos desafia a percorrer outros caminhos, com o mesmo objetivo. E este trabalhar em rede é um processo, não se atinge de um momento para o outro», realçou.
Na sua intervenção, D. Delfim Gomes lembrou a diversidade da realidade existente na Arquidiocese de Braga, afirmando que cada arciprestado tem as suas particularidades. Se há alguns onde o trabalho não apresenta grandes dificuldades, há outros que estão no extremos, como «Terras de Bouro, Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto, onde há falta de tudo, a começar por pessoas, mas fazemos parte do todo».
Aproveitar as estruturas da Arquidiocese
O Bispo Auxiliar de Braga chamou ainda atenção dos participantes no Conselho Arquidiocesano da Pastoral de Jovens para as várias estruturas existentes na Arquidiocese de Braga e que não estão devidamente aproveitadas pelos grupos. «Não tiramos o proveito das casas paroquiais, dos santuários, de uma panóplia de recursos que temos e que não estão a ser aproveitados por nós, pelos vossos movimentos, pelos vossos grupo de jovens. E isto é uma mais-valia na medida em que nós sabemos e percebemos que o adolescente quer sair, quer encontrar-se com os outros grupos, quer fazer outro tipo de experiência, quer partilhar», disse.
Por isso, D. Delfim Gomes desafiou os presentes a irem mais longe e a articularem com os responsáveis das estruturas por forma a levarem os jovens a passarem um fim de semana diferente utilizando esses espaços. «E mais, depois encontrem-se como os jovens de lá, desse arciprestado, façam um trabalho com eles», acrescentou. Segundo sustentou, é esta articulação que contribuiu para o sentido e formação de grupo.
«Quando vocês constituírem um grupo que não seja apenas burocrático, por resposta àquilo que está estabelecido ou pela parte administrativa», advertiu.
O prelado sustentou ainda que trabalhar em rede também obriga a criar laços, sem nunca esquecer que a transmissão da fé é um processo relacional, olhos nos olhos.
Afirmando estar pouco preocupado com os números e a quantidade,
D. Delfim Gomes confessou a sua preocupação com a qualidade.
«Se cumprimos bem e fizemos tudo o que devíamos ter feito, cumprimos a nossa missão e tocámos o que devíamos tocar, e transmitimos a mensagem que devíamos transmitir», disse.
Por fim, garantiu aos presentes que a Arquidiocese de Braga está disposta a alocar os recursos necessários para as prioridades.
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