Arquidiocese de Braga -

12 novembro 2025

Centenas de igrejas em todo o mundo vão ser iluminadas de vermelho, como grito global pela liberdade religiosa

Fotografia DR

AISFundação AIS | ACN Portugal

A Fundação AIS vai organizar entre os dias 15 a 23 deste mês de novembro mais uma edição da ‘Red Week’, a Semana Vermelha, que deverá mobilizar a nível global cerca de meio milhão de pessoas e em que serão iluminados, em todo o mundo, em nome da fé e da liberdade, mais de 600 igrejas e monumentos…

Em Portugal, o Cristo Rei, em Almada, voltará a iluminar-se de vermelho de 19 a 21 de novembro, juntando-se a muitos outros locais em Lisboa, Braga, Porto e Viana do Castelo. 

Em Braga, a Basílica dos Congregados estará iluminada de vermelho e no dia 20 decorre a Noite das Testemunhas, na Igreja Nova de Lomar. O acolhimento será feito pelo padre Simon Ayogu, pároco de Lomar e Nogueira. Catarina Bettencourt, diretora da Fundação AIS fará a apresentação do  Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo,  e ainda haverá o testemunho do padre Hugo Alaniz, de Apelo (Síria).

O padre Hugo Alaniz, sacerdote argentino em missão há vários anos em Alepo, na Síria, que vem à Portugal para testemunhar o que significa viver a fé num cenário de violência e de enorme pobreza.

A Red Week é uma campanha mundial organizada pela Fundação AIS para, literalmente, lançar luz sobre a difícil situação dos Cristãos perseguidos, sensibilizar para a perseguição religiosa e defender a liberdade de culto.

A Semana Vermelha abrangerá mais de 100 eventos em todo o mundo, muitos deles programados para o dia 19 de Novembro, data central desta campanha internacional promovida pela AIS. 

Entre outros países, além de Portugal, participarão a Austrália, Áustria, Alemanha, Holanda, Reino Unido, França, Itália, Irlanda, Suíça, Hungria, Canadá, México e Colômbia. 

Espera-se que a iniciativa atraia mais de 10 mil participantes directos em momentos de oração, actos públicos, reuniões escolares, concertos e marchas, e que reúna mais de 500 mil participantes através dos meios de comunicação e plataformas ‘online’.

Entre aqueles que darão testemunho na Red Week 2025 estarão pessoas que sofreram pessoalmente perseguição, incluindo duas vítimas de sequestros terroristas: a Irmã Gloria Narváez, a religiosa colombiana que esteve em cativeiro no Mali durante quase cinco anos, às mãos de extremistas islâmicos, e que falará no México sobre a sua terrível experiência, e o Padre Hans-Joachim Lohre, missionário alemão também sequestrado no Mali e posteriormente libertado, que dará testemunho na Suíça.

Na Alemanha, sete grandes eventos contarão com a presença de Mons. Wilfred Chikpa Anagbe, bispo da Nigéria, incluindo uma missa solene na catedral de Ratisbona, que será iluminada de vermelho.

Em Portugal está previsto ainda a celebração de uma Missa em Lisboa, na paróquia de São Domingos de Benfica. Será no domingo, dia 23, às 10h30 horas. A Missa terá transmissão em directo pela RTP1.

Toda a informação sobre estas actividades está disponível e é actualizada em permanência na página da AIS. 

A Fundação AIS incentiva os portugueses a aderirem a esta iniciativa, mobilizando as suas comunidades, grupos de oração, escolas, movimentos, de forma que se possa iluminar o maior número possível de igrejas, capelas e outros edifícios relevantes, e assim, chamar a atenção da sociedade para o drama da perseguição religiosa no mundo.

Vermelho, a cor do martírio.

Monumentos iluminados de vermelho pelo mundo

Algumas das catedrais mais representativas do mundo também serão iluminadas de vermelho durante a Semana Vermelha 2025. Entre elas estão a catedral basílica de São Miguel e a catedral basílica de Maria Rainha do Mundo, no Canadá; a catedral do santuário de Las Lajas, na Colômbia; as catedrais de Worms e Ratisbona, na Alemanha; e um número considerável de catedrais na Austrália e Nova Zelândia, entre elas as de Perth, Hobart, Melbourne, Newcastle, Bendigo e Palmerston North.

A catedral de São Jorge, em Londres, será um dos principais edifícios iluminados de vermelho para o #RedWednesday e será a sede do principal evento nacional da AIS do Reino Unido: uma missa no dia 19 de Novembro, que será celebrada pelo bispo Nicholas Hudson. Na missa, Tobias Yayaha, um catequista de Sokoto, no noroeste da Nigéria, receberá o prémio Courage to be christian [Coragem de ser cristão] da AIS do Reino Unido. Além disso, ele será o convidado de honra em um evento parlamentar em Westminster na manhã do mesmo dia.

Perseguição religiosa: realidade global

De acordo com as estimativas do último Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo da Fundação AIS, 413 milhões de cristãos vivem em países onde a liberdade religiosa é gravemente restringida; destes, aproximadamente 220 milhões vivem directamente expostos à perseguição.

Esta perseguição assume muitas formas e varia consoante a região, mas os números totais oferecem uma visão ilustrativa da magnitude do problema: os cristãos estão expostos à perseguição ou discriminação em 32 países. Foram registadas agressões físicas ou verbais por motivos religiosos em 73 países, e em 57 deles os cristãos são vítimas de violência física ou detenções devido à sua fé. Em 33 países, os cristãos são obrigados a fugir, tornando-se deslocados no seu próprio país ou refugiados no estrangeiro devido à perseguição religiosa.

O vermelho, que simboliza o sangue dos mártires, servirá como um lembrete visual do sofrimento que milhões de pessoas enfrentam por causa da sua fé. A Fundação AIS convida todas as paróquias, escolas e comunidades a unirem-se a este gesto de solidariedade internacional, iluminando as suas igrejas de vermelho, organizando momentos de oração e partilhando uma mensagem durante a Semana Vermelha 2025 nas redes sociais com os hashtags #RedWeek2025 e #RedWednesday2025.

A AIS é uma fundação pontifícia que financia anualmente mais de 5.000 projectos em mais de 130 países. A sua missão é ajudar os cristãos onde quer que sejam perseguidos, oprimidos ou sofram necessidades pastorais.