Arquidiocese de Braga -

O Arciprestado de Braga promoveu, no passado dia 22 de novembro, no Colégio D. Diogo de Sousa, uma jornada intensiva de formação dedicada à proteção de menores e adultos vulneráveis, sob o lema “Prevenir e Proteger = Servir” e “Chamados e Enviados para Cuidar”.

A iniciativa, organizada pela Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis da Arquidiocese de Braga e pelo Serviço de Proteção e Cuidado da Província Portuguesa da Companhia de Jesus, reuniu cerca de 300 participantes provenientes de diversas paróquias do Arciprestado, incluindo sacerdotes, catequistas, agentes pastorais, voluntários e escuteiros, que estiveram presentes nas sessões da manhã e da tarde.

O encontro teve como principais objetivos sensibilizar para todas as formas de violência e abuso (sexual, psicológico, espiritual e outras), capacitar para a prevenção e identificar fatores de risco, refletir sobre atitudes, valores e compromissos a partir do Código de Conduta, habilitar a comunidade a agir perante situações de suspeita ou denúncia e promover uma autêntica cultura do cuidado nas comunidades paroquiais.

Ao longo da formação, foi sublinhado que a missão da Comissão de Proteção não é uma estrutura fria ou técnica, mas “um coração que bate para que nenhuma vida se perca nas sombras”. A Igreja foi recordada como lugar de acolhimento, refúgio e responsabilidade. Prevenir e proteger não é apenas uma obrigação institucional, mas um compromisso espiritual, pastoral e humano.

Foram abordados temas como a violência física, psicológica, sexual e espiritual e os seus impactos profundos na vida das vítimas. Também as dinâmicas de poder e relações assimétricas nos contextos familiares, educativos, laborais e pastorais, os fatores de risco individuais e estruturais e a urgência de criar ambientes seguros, transparentes e promotores de dignidade, além da importância do autocuidado de quem acompanha, estiveram entre os assuntos tratados.

Os formadores ainda falaram sobre os procedimentos de atuação, denúncia e sinalização, recordando que basta uma fundada suspeita para agir.

No encontro foi sublinhado que a proteção é um processo ativo e permanente: nasce da vigilância, da escuta, da humildade e de uma postura de serviço. Cuidar é sempre um ato de amor concreto — um compromisso com o Evangelho e com a dignidade de cada pessoa, sobretudo das mais vulneráveis.

Esta jornada representa mais um passo na construção de comunidades mais seguras, responsáveis e maduras, onde todos possam encontrar espaço de crescimento, fé e confiança.

O Arciprestado de Braga renova, assim, o seu compromisso com a promoção de ambientes saudáveis e transparentes, certos de que a cultura do cuidado é o caminho para um futuro mais humano e mais fiel ao Evangelho.