Arquidiocese de Braga -

26 setembro 2018

Papa: "Compreendo que os jovens se escandalizam com esta corrupção tão grave”

Fotografia Vatican Media

DACS com Agência Ecclesia

Durante a viagem de regresso a Roma o Papa Francisco voltou ao tema dos abusos na Igreja, para garantir que nunca assinou um indulto depois de uma condenação.

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O Papa Francisco afirmou ontem que compreende que os jovens se escandalizem com os casos de abusos na Igreja, reconhecendo que são muito graves e sublinhando que estão a ser tomadas medidas para atacar o problema.

A bordo do avião que o transportou para Roma, depois da visita a três países do Báltico, recordou o que se passou, nos anos 70, na Pensilvânia, nos Estados Unidos da América, para sublinhar o seu empenho na descoberta da verdade.

“Vejam o exemplo da Pensilvânia, nos anos 70, façam a comparação e vejam como quando a Igreja começou a tomar consciência disto, se empenhou em pleno e nos últimos tempos recebi muitas condenações, da parte da Doutrina da Fé e disse: ‘avancem’. Nunca assinei um indulto depois de uma condenação. Sobre isto não se negoceia, declarou.

Francisco utilizou a palavra “monstruoso” para descrever os actos cometidos por religiosos.

“Os jovens escandalizam-se com a hipocrisia dos grandes. Escandalizam-se com as guerras, escandalizam-se com as incoerências, escandalizam-se com a corrupção, onde se incluem os abusos sexuais. É verdade que se acusa a Igreja, sabemo-lo bem, conhecemos as estatísticas. Mas nem que fosse só um padre a abusar uma criança: é sempre monstruoso! Compreendo que os jovens se escandalizam com esta corrupção tão grave”, declarou o Papa.