O Papa destacou esta segunda-feira os avanços realizados no ecumenismo. Francisco recebeu no Vaticano, na véspera da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, uma delegação finlandesa por ocasião da festa de Santo Henrique, padroeiro do país nórdico.

O líder da Igreja Católica afirmou que as diferentes confissões cristãs estão “a caminho”, guiadas “pela suave luz de Deus, que dissipa as trevas da divisão e direcciona o caminho para a unidade” e que estão a caminhar “como irmãos em direcção a uma comunhão cada vez mais plena”.

Francisco admitiu que o caminho é, muitas vezes, difícil e recordou que este é feito à procura de Deus, questionando quem se fecha e vive “em auto-preservação”, em vez de estar “sempre a caminho”.

O pontífice abordou a celebração, em 2030, dos 500 anos da Confissão de Augsburgo – o primeiro documento oficial dos princípios do protestantismo –, e enquanto reconheceu que não foi possível evitar a divisão, disse que este aniversário pode ser “uma ocasião fecunda para nos confirmar e fortalecer no caminho da comunhão, para nos tornar mais dóceis à vontade de Deus e menos à lógica humana, mais dispostos a colocar metas terrestres à frente do caminho indicado pelo Céu”.

O Papa apontou ainda a celebração, em 2025, do 1.700.º aniversário do Concílio de Niceia, explicando que “a confissão trinitária e cristológica deste Concílio, que reconhece Jesus como Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, consubstancial ao Pai”, une todos os baptizados, e que a aproximação deste aniversário deve levar a uma preparação “com renovado entusiasmo para caminhar juntos no caminho de Cristo, no caminho que é Cristo”.

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é celebrada, em 2021, entre os dias 18 e 25 de Janeiro, e tem como tema ‘Vimos a sua estrela no Oriente e viemos prestar-lhe homenagem’ – uma proposta do Conselho das Igrejas do Médio Oriente, sediado em Beirute, no Líbano.